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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Sonhos de peso (também chamados pesadelos)

Não tenho tido os vulgares sonhos absurdos e perturbadores da gravidez. Isto é, não vejo um bebé deformado, uma criança que me desaparece no útero, um filho que, de alguma forma, se perde. Os meus pesadelos levam-me todos à minha filha - ela desaparece, é-me roubada, fazem-lhe as maiores atrocidades e eu endoideço, impotente, até que o despertador me acorde. Vem tudo do mesmo, eu sei. Eu sei que isto há-de passar, que o tempo se vai encarregar de me trazer a paz, descomplexada e de consciência leve. Até lá...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Do melhor

Sentir-lhe um pezinho, aqui mesmo por baixo do meu umbigo, de tal forma que o pude agarrar, aperceber-me perfeitamente do calcanhar, pedir-lhe que não se esticasse tanto, em vão... Esteve assim mais uma meia hora. Também o pai lhe acarciciou aquele pé, a irmã, eu de novo, muitas vezes, mas nada o demoveu. Quase podia ter aproveitado para te experimentar as botas. De repente tomou nova posição e pronto... a mãe respirou aliviada e triste - Quando te voltarei a envolver assim, nas mãos? Ainda falta tanto, embora às vezes me pareça já amanhã...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Eu comigo

São fundamentalmente dois os motivos que consigo descortinar para a minha ausência por aqui. A saber:


  1. Os acontecimentos que tiveram início a 12 de Setembro focalizaram noutra área a minha atenção - já lá vamos, já falo do assunto mais tarde;
  2. De repente, dei por mim num egoísmo tremendo, voltei-me para mim e para os meus, na ânsia de garantir que esta gravidez está no centro de tudo, que é só nossa, mais um bunker que um T0 com vista para a paraça central.



Não sei se me entendem. Senti, pontualmente, o peso da ausência.

Mas... importante, importante mesmo: o Carlos está bem, o Carlos está quase a chegar - já só faltam, no máximo, 10 semanas e picos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Hoje, na eco morfológica...

- Nesta posição não consigo ver-lhe o coração como deve ser... Vai lá abaixo num instante comer um chocolate e depois tentamos de novo...

Realmente, a gravidez, mais do que um estado de graça, é um mar de sacrifícios...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Gosto de ver

Suspensas as duas pontas deste laço.


sábado, 15 de setembro de 2007

Carlos Magno

Magno é pouco. Para nós é enorme. Conquistador dos nossos corações. Um menino só saúde que nos traz finalmente a paz. O resto conto depois. Por agora, deixem-me namorá-lo, ao meu Carlos.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

NEGATIVO, mas...

Foi este o resultado do rastreio: negativo, mas... Chegou, portanto, o resultado que nunca ponderei, eu que acho que penso sempre em tudo. Nem sim, nem não. Coube-nos um nim na rifa. Há um mas naquele resultado. E o mesmo é dizer que ficámos rigorosamente na mesma. Continuamos sem saber em que fica a vida. Sinto-me como se não tivesse feito exame nenhum. Pior: se não o tivese feito não estaria tão intrigada e apreensiva. Está agora nas nossas mãos a decisão de fazer ou não amniocentese.

Waiting...

E desesperando.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Deus, daqui fala a S.

Foram semanas a rezar até me aperceber do absurdo e crueldade da minha oração. Dizia- Lhe eu que nada do que faço, digo ou penso é inspirado em más intenções, que procuro invariavelmente a via do pacifismo e do respeito mútuo em todas as áreas da minha existência, que sei pôr o próximo em primeiro lugar, esquecendo-me tantas vezes de mim... e que, como tal, não merecia ver-me sujeita à provação de ter um filho diferente da norma. Tão cruel!... Tanto narcisismo!... Tamanha barbaridade!... E esse filho mereceria que mãe?! Esse filho, eventualmente diferente, não teria justamente direito à mais virtuosa das mães???!!! Não é razoável pensar que se os filhos fossem atribuídos aos pais de acordo com o perfil humano de cada um, e de acordo com as virtudes dos seus progenitores, então os filhos com necessidades especiais deveriam ficar, invariavelmente, com os melhores pais?! Se me considero assim tão virtuosa, não era comigo que deveria ficar um qualquer miúdo, marcado por uma qualquer trissomia?! Ou serei eu suficientemente hipócrita para inverter de repente a lógica do jogo e vir agora suplicar um menino “normal”, porque não faltarão mães a quem a vida pode castigar no meu lugar?!

Envergonhou-me a minha oração, sim. Não era nada daquilo que queria dizer. Nem eu sou um exemplo, nem há filhos de um Deus menor. Na verdade, Deus nem tem nada a ver com isto, como não teve nada a ver com o carro que espatifei há mais de um mês, como não teve nada a ver com o empadão que deixei queimar no forno, e tem muito mais que fazer do que defender-me a roupa que inadvertidamente mancho com lixívia.

Cheguei a arrepender-me de ter feito o rastreio pré-natal integrado. Com a primeira colheita de sangue às 12 semanas e a segunda só às 15, o resultado chegará por volta das 17 semanas de gravidez. Posto isto, temos dois cenários como hipótese: ou o resultado é negativo e fica tudo em paz, gozando finalmente em descontraída felicidade o que resta desta gravidez; ou cai-nos o céu em cima, com um resultado positivo. Então, mais dois cenários possíveis: prosseguimento da gravidez ou interrupção da mesma, caso a amniocentese confirmasse o pior. Mas... às 17/18 semanas de gravidez?! Tanto quanto apurei, esta “interrupção” atinge o limiar da brutalidade e violência que um aborto pode assumir. Tanto quanto julgo saber, tratar-se-ia, na prática, de uma indução de parto de nado morto. Eu teria de parir o filho que não quis, morto. O feto está já demasiadamente desenvolvido para se proceder ao chamado aborto terapêutico, por aspiração e/ou curetagem... Reparem bem que já não aceno com as minhas virtudes, muito pelo contrário... é de defeitos ou vícios de carácter que falo agora (?). Estou a declarar-me incapaz de um aborto, não por pura virtude cristã, mas por simples falta de coragem. Não é a uma mãe plena de qualidades morais que um filho meu, diferente, teria de agradecer a vida, mas a uma mãe frouxa, cobarde... Se calhar era agora que a hipocrisia ou o cinismo voltavam a fazer falta para dizer qualquer coisa do género: “Não acabei contigo, filho, porque já te amava muito, porque o valor da vida é supremo, porque já te queríamos muito junto de nós, viesses como viesses...” Às vezes pergunto-me se não será isto que penso, de facto. Não sei. Estou a ser verdadeira. Sei que não sou capaz. Não sou. Não. Para que fiz então o rastreio? Para que entreguei aquela fortuna ao laboratório? Faria sempre. Pagaria ainda mais, se mo pedissem. Porque, tal como vou querer saber se foi ao X ou ao Y que aquele cromossoma se combinou, para poder dar destino àquelas camisinhas de gola redonda, debruadas a grega cor-de-rosa; também tenho de me preparar para a eventualidade do cromossoma 21 aparecer acidentalmente copiado. Se um menino me obrigaria à reformulação de um guarda-roupa, que dizer de uma trissomia 21?

Sem dramatismos, procuro agora outras palavras para a minha oração. Se a preparação que se impõe para este nascimento tiver de ir muito além dos trapos, Deus, daqui fala a S.: ajuda-me.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Isto está bonito, está...

Sim, é mesmo verdade, a hora não deixa mentir - Fui atingida por mais um achaque da gravidez... Dá para trocar cromos? Fico com este e entrego os enjoos, boa?

quinta-feira, 12 de julho de 2007

As 7 maravilhas desta gavidez



  1. QUEIJO

  2. QUEIJO

  3. QUEIJO

  4. QUEIJO

  5. TOMATE

  6. TOMATE

  7. TOMATE

São só duas? Bom, não seja por isso... adenda a cada um dos pontos:



  1. Limiano

  2. Serra

  3. Azeitão

  4. Mozzarela

  5. Cru, à dentada

  6. Cru, às rodelas, só com sal

  7. Cru, à algarvia

segunda-feira, 9 de julho de 2007

A relevância de 19,9 mm



Esta imagem, pelas 8h30 da manhã, arrancou-me o sorriso mais rasgado, espontâneo e genuíno das últimas semanas.

Para além do sorriso, o que me saiu pela boca fora foi de uma eloquência ímpar. Passo a citar:

«Ohhhhh!!!! Ahhhhhh!!! Ohhhhhh!!! Ahhhhhh!!! Ohhhhhh!!! Ahhhhh!!! Ohhhhh!!! Ahhhhh!!!»

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Ecoanseios

Não sei se é verdade que as ecografias nos trouxeram mais serenidade, menos medo e anseios na gravidez. A verdade é que os dias que antecedem uma ecografia são tempos de grande tensão para mim, quer seja a eco das 8, das 12 ou das 20 semanas, não interessa. Segunda-feira vem a primeira e eu já desenho todos os cenários na minha cabeça, dos mais aos menos plausíveis: gavidez anembrionária; gravidez ectópica; feto acefálico; feto acárdico; dois, três ou mais fetos... Eu sei lá. Vou recuperando o processo de descompressão dos tempos de escola, na véspera de um teste: terça-feira há-de chegar e ainda estaremos todos por cá, dê para onde der - a vida continua.

Somos 2

Enjoados. Afinal sempre se repete a rotina dos enjoos. Esta semana não foi fácil, com a diferença, em relação à primeira gravidez, que toda a hora é hora - pois é de manhã, pois é à tarde, pois é à noite, pois é com fome, pois é cheia de comida até aos olhos... Uma alegria! OK, já não preciso de ecogafia. Agora acredito.

Consulta II

Na terça-feira foi dia de consulta, com gosto a mero pró-forma, tanto para mim como para a obstetra. Segunda viagem é assim mesmo, ela confirma. Preenchimento de papéis, formulários, requisição de ecos e no fim um "Adeus, fofinha! Felicidades!"

A consulta foi pouco mais do que isto, mas fez-me muito bem, senti que me pôs as hormonas na linha, depois de trinta minutos viradas para a parede, de castigo, a ver se aprendem o que é a disciplina. Tomaram tino, embora estejam já a pedir nova advertência.

Pelo meio, voltámos à amniocentese: que são 35 anos... que os restantes exames complementares de diagnóstico se tornam agora menos fiáveis... que... que... que... e que, por outro lado, se não colocamos a hipótese de interromper a gravidez em caso de resultado positivo, a amniocentese não faz grande sentido. "Conversem lá em casa. Até às 16 semanas têm tempo."


Conversámos. "Não se faz amniocentese nenhuma." - disse ele. Foi bom sentir-lhe a segurança na voz, fez-me bem. Claro que vamos voltar ao assunto, até porque, naquele dia, senti que lidava com a coisa um bocadinho de pinças e rodas. Mas soube bem confirmar, mais uma vez, que, como casal, temos esta peculiaridade: não há concidência de estados de espírito menos favoráveis - nunca nos deprimimos ao mesmo tempo, nunca nos tornamos cépticos no mesmo instante, se o mundo para mim fica a preto e branco, para ele atinge o pico da policromia. De forma que um de nós está sempre em condições de fazer de locomotiva.


Quem puxa as carruagens para a semana que vem? Ele não está cá... e eu não respondo por mim...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Cheiros, cheirinhos e cheiretes.

Quando grávida da R. enjoei o cheiro de um sabonete líquido que usávamos cá em casa e de que gostávamos imenso. Enjoei ainda o cheiro do creme anti-estrias Palmer's . Quando digo "enjoei", falo de uma vontade quase incontrolável de vomitar os bofes. Não é, portanto, coisa levezinha. O creme ainda é com´ó outro. Agora, do sabonete tenho pena - era excelente. De forma que, não vá o diabo tecê-las, coisas de que gosto mesmo muito evito chegar ao nariz nos próximos tempos, não vá acontecer passarem de repente à lista negra dos fedores. Excepção feita para a minha filha, que posso cheirar, apertar, esborrachar contra mim... um enjoo, dirá ela.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Posso pedir outro desejo?

(Calma, , não vou pedir aquela viagem à lua!)

Quero mais colegas/amigos assim. Não é que me presenteou com um PEDAÇÃO de queijo Limiano logo de manhã?! UM PEDAÇÃO! QUEIJO! AMARELINHO! LIMIANO! Só à dentada (no queijo, claro!) Ele teve o beijo merecido, que uma grávida está à vontade para descontrolar emoções.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Posso pedir um desejo?

Quero ficar grávida para o resto da vida... mas só nas mamas.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Queixas

Não tenho. Da primeira gravidez ainda enjoava, embora não passasse disso mesmo. Agora nada. Nada, não. Agora passo pelo pior dos males. Preferia as náuseas, os vómitos em salva, o sono torturante, a cabeça em looping, tudo, qualquer coisa menos a limitação de não poder dar colo à R.. Deixei de poder dar-lhe colo, levantando-a do chão, enrolando-a contra mim, convidando-a ,num desafio tácito, a encaixar-se, como peça de puzzle finalmente casada. Não sei dizer do quanto está a custar-me. Das vezes que não resisto à tentação e à saudade, tenho sempre a pontada no útero a lembrar-me o abuso. Enquanto estou em casa, fico agora mais tempo sentada, aliciando-a para um colo limitado e diferente daquele que sempre lhe sustentou o peso elevado à força de braços. Nunca pensei que a partilha começasse tão cedo. Quando julgamos que estamos preparados para tudo, eis que o mundo nos troca as voltas... Mas eu volto, R., e hei-de içar-te, rodopiar contigo em movimento centrífugo, com toda a força, até ficarmos tontas, bêbedas de riso. Eu volto, mesmo que te apanhe já para lá dos 20 kg.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Looping

Muito chora uma grávida! Muito ri uma grávida!