A onda que fazia falta na nossa praia

(Clicar.)

Synopsis

Birth is a miracle, a rite of passage, a natural part of life. But birth is also big business.

Compelled to explore the subject after the delivery of her first child, actress Ricki Lake recruits filmmaker Abby Epstein to question the way American women have babies.

The film interlaces intimate birth stories with surprising historical, political and scientific insights and shocking statistics about the current maternity care system. When director Epstein discovers she is pregnant during the making of the film, the journey becomes even more personal.

Should most births be viewed as a natural life process, or should every delivery be treated as a potentially catastrophic medical emergency?

O parto

AQUI fica, no sítio a que pertence, por direito e reconhecimento. Deixem-se apaixonar.

E é tão curioso

Que este blog tenha nascido exactamente no mesmo dia que ele, com um ano de diferença...

Das mãos

Meu Amor-Para-Toda-A-Vida, não posso esquecer o vigor e a ânsia nas tuas mãos, massajando-me ao ritmo alucinante do meu útero.

Minha filha, minha tão amada filha, vou lembrar sempre a serenidade cúmplice e benemérita da mãozinha que me deste, naquele instante de contracções galopantes.

Minha Doula, meu espelho de afinidade, dona das mãos que me ampararam e refrescaram, como esquecer que foram as tuas mãos que o receberam?

Agradece, filho, agradece a estas mãos, que as graças da tua mãe não chegam.

P.S. Faltam aqui as mãos maternais da enfermeira obstétrica que nos acompanhou. Não foi esquecimento. A questão é meramente cronológica. O relato de parto esclarecerá.

Para além da memória, falam-nos as coisas...

Um útero ainda em contracção.

Um lençol agora estendido, o mesmo onde fui apanhá-lo, revoltoso e inconformado, depois da ordem de expulsão.

O alguidar, onde vou ver sempre uma placenta viva e um cordão há tão pouco tempo ainda pulsante.

Uma casa, um quarto, uma cama, agora ainda mais nossos, porque ali parimos um filho, um irmão.

Há coisas que nos falam, que nos gritam memórias...

Quanto dura um segundo?

Uma eternidade.

Rolhão mucoso

Era.

Será o(a) último(a) antes de?...

É agora pergunta recorrente, a cada sopa que faço, a cada camisa que passo, a cada passeio pelo centro comercial, a cada ida ao parque com ela, a cada beijo que dou à minha mãe, a cada muda de toalhas nas casas de banho, a cada espanadela do pó, a cada telejornal, a cada oferta de colo, a cada abraço de "até logo, meu Amor", a cada post que escrevo...

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E fica a sensação de que ainda não nasceu só porque a mãe ainda não lhe disse "Estou pronta. Vem." É para mim tão claro que ele está à minha espera...

Feliz

E em paz, pelo caminho que consegui(mos) desbravar. Sim, ainda vou a tempo. Não - é uma certeza - ninguém se atravessará no nosso caminho.

Boa ideia!