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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Sonhos de peso (também chamados pesadelos)

Não tenho tido os vulgares sonhos absurdos e perturbadores da gravidez. Isto é, não vejo um bebé deformado, uma criança que me desaparece no útero, um filho que, de alguma forma, se perde. Os meus pesadelos levam-me todos à minha filha - ela desaparece, é-me roubada, fazem-lhe as maiores atrocidades e eu endoideço, impotente, até que o despertador me acorde. Vem tudo do mesmo, eu sei. Eu sei que isto há-de passar, que o tempo se vai encarregar de me trazer a paz, descomplexada e de consciência leve. Até lá...

terça-feira, 13 de março de 2007

É superior a mim.

Comprei. Sim, é mais que uma simples mania. É obsessão. Vejo-me desnorteada se sinto que não tenho controlo sobre a minha vida. E "ter controlo" quer dizer escrever letra por letra cada um dos meus passos. Dependo absolutamente de planos e rotinas por isso mesmo: os planos dão-me a ilusão de domínio sobre o meu destino, e as rotinas são rails de protecção contra eventuais despistes. Tenho a sensação de que com rotinas rígidas é mais difícil que a vida me venha a surpreender. Abomino surpresas. Quem me conhece sabe bem que me enlouquece se me disser que tem uma surpresa para mim. Até a mais agradável das surpresas acarreta sempre algum desconforto. Gosto de prever e pensar antecipadamente em tudo o que a vida me pode reservar, do melhor ao pior.

Foi justamente na tentativa de controlar "o melhor" que não resisti e comprei este brinquedo - o Femina Micro. É um teste, reutilizável, que usa a saliva para prever picos de fertilidade mensais. Foi quase infantil da minha parte, caprichoso até, porque na verdade uma coisa assim não é imprescindível para quem, como eu, tem ciclos em geral regulares e engravidou há três anos, num estalar de dedos, assim que decidimos que estava na hora. Mas, lá está, não sei como contar da euforia que experimento, só de pensar que o processo fica ainda mais nas minhas mãos. É uma obsessão. Ponto. E as taras não se explicam.

Na volta do correio vou brincar. Depois conto da aventura.