Na terça-feira foi dia de consulta, com gosto a mero pró-forma, tanto para mim como para a obstetra. Segunda viagem é assim mesmo, ela confirma. Preenchimento de papéis, formulários, requisição de ecos e no fim um "Adeus, fofinha! Felicidades!"
A consulta foi pouco mais do que isto, mas fez-me muito bem, senti que me pôs as hormonas na linha, depois de trinta minutos viradas para a parede, de castigo, a ver se aprendem o que é a disciplina. Tomaram tino, embora estejam já a pedir nova advertência.
Pelo meio, voltámos à amniocentese: que são 35 anos... que os restantes exames complementares de diagnóstico se tornam agora menos fiáveis... que... que... que... e que, por outro lado, se não colocamos a hipótese de interromper a gravidez em caso de resultado positivo, a amniocentese não faz grande sentido. "Conversem lá em casa. Até às 16 semanas têm tempo."
Conversámos. "Não se faz amniocentese nenhuma." - disse ele. Foi bom sentir-lhe a segurança na voz, fez-me bem. Claro que vamos voltar ao assunto, até porque, naquele dia, senti que lidava com a coisa um bocadinho de pinças e rodas. Mas soube bem confirmar, mais uma vez, que, como casal, temos esta peculiaridade: não há concidência de estados de espírito menos favoráveis - nunca nos deprimimos ao mesmo tempo, nunca nos tornamos cépticos no mesmo instante, se o mundo para mim fica a preto e branco, para ele atinge o pico da policromia. De forma que um de nós está sempre em condições de fazer de locomotiva.
Quem puxa as carruagens para a semana que vem? Ele não está cá... e eu não respondo por mim...
3 comentários:
ora assim é que é preciso!
(eu arriscava que alguém podia ajudar-te a puxar isso na terça, mas... :p)
Que saudades tuas!!!
E agora mais acompanhada!!!
Parabéns!
Vou voltar mais vezes. Nós estamos no sitio do costume.
Bjs
muito bom assim.
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