Sem vida nova. Ou sem nova vida, talvez seja melhor dizer assim.
A gravidez que para aqui trouxe em Outubro terminou como começou, de surpresa. Pela segunda vez na vida, este meu corpo recusou-se a parir um filho que esta minha cabeça não desejou. Os meus filhos gera-os a mente. E assim, às 6 semanas de gestação, este meu útero deixou-se de insolências:"Está bem." - disse ele. E capitulou. Deixou jorrar o sangue que me trouxe a vida de regresso aos eixos, com o ressentimento marcado em cada contracção que me lembrava do parto que não quis.
A Natureza sabe ser tão cruel quanto benevolente, o que nos torna ínfimos.